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Concursos

Estudar para concurso público apenas pela lei seca ou por doutrina?

Profª Franciele Kühl, aborda a discussão sobre formas otimizadas de estudos para concursos públicos.

Última atualização em 20/02/2024
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Um resultado insatisfatório em provas objetivas ou dissertativas de concursos públicos pode não estar ligado a falta de conhecimento, mas a forma como você está estudando. Em termos psicopedagógicos podemos pensar em dois tipos principais de aprendizagem que vamos levar em consideração neste texto: a aprendizagem mecânica, ou seja, a “decoreba de lei” que não exige compreensão de sentidos; e a aprendizagem de significados, que exige a compreensão de sentidos. Você entenderá a importância dessas duas formas de aprendizado no decorrer da sua leitura.

Estudar por lei seca ou doutrina é a dúvida de muitos concurseiros, concursandos ou candidatos, como queira. A resposta para este conflito de modalidade de estudo não é tão simples. Quando se está estudando matérias jurídicas, como, por exemplo, o direito administrativo, algumas dificuldades podem surgir ao realizar simulados ou a própria prova do concurso público.

Fique atento com o perfil da banca

A dificuldade será diferente de acordo com o perfil da banca e com as questões que o examinador elaborou para a prova. Existem questões são conceituais ou conteudistas, questões que apenas exigem do candidato a mobilização de conceitos, regras, sem raciocínios complexos. É o caso de questões que cobram a “letra fria da lei”, ou seja, são questões elaboradas através da própria cópia do texto legal. Para candidatos que tem facilidade de memorização o estudo da lei seca pode auxiliar bastante neste tipo de questão.

Todavia, há questões operatórias ou problematizadoras, que exigem raciocínio complexo e interpretação. Para esse perfil de questão não basta a lei seca, o candidato deve ser capaz de solucionar um problema com o conhecimento adquirido durante seu estudo. Por exemplo, questões que as bancas FGV, FCC, CEBRASPE e Fundatec costumam trazer, são questões que revelam uma situação específica e você deve empregar conhecimentos diversos para responder.

O candidato que estuda apenas a lei seca terá muita dificuldade ou nem conseguirá resolver esse tipo de questão. Já o candidato que estuda com doutrina ou materiais que sistematizam várias doutrinas, que é a função de um polígrafo, por exemplo, esse candidato será capaz de entender o sentido e responder a problemática, porque ele não só decorou a lei, ele compreendeu sua aplicação, o seu sentido.

Ocorre que a maioria das provas de concurso público vão mesclar esses dois formatos de questões, haverá questões objetivas conteudistas e as questões problematizadoras. Para você ser aprovado em um concurso público precisa acertar mais questões que os demais, logo, você precisa dominar os dois tipos de perfis de questões.

Perceba, então, que só a lei a seca não será suficiente para o seu estudo, nem só a doutrina. No seu estudo você deverá empregar a aprendizagem mecânica e a aprendizagem de significados. O recomendado é que você estude conceitos doutrinários para compreender o sentido da norma e sua aplicação, pois um aprendizado mecânico da lei, sem compreensão, sem aprendizado do seu significado e relação com outros conteúdos, não vai permitir que você acerte questões problematizadas.

Como estudar forma mais otimizada, então?

Diante deste cenário, o ideal é associar o estudo da doutrina ao da lei seca. Lendo conjuntamente, assim o candidato trabalhará do ponto de vista cognitivo-cerebral com memórias de longo prazo. Quando estiver com um bom material, ele indicará conceitos, aplicações práticas e a ligação do conteúdo com outros diversos, também indicará quais as normas estão ligadas ao assunto. Assim, você deve fazer a leitura da lei também, sempre que indicada, mesmo que ela não esteja no seu material. Abra o site do planalto e consulte a integralidade a lei, faça a leitura sistematizada com o seu material de estudo.

Conforme o autor do livro, apostila, polígrafo, e-book ou PDF for citando um artigo, faça a leitura dele, mas da forma como realmente está descrito na lei, não só a explicação do artigo. Estudar só pela doutrina não é uma boa ideia para as questões conteudistas, mas estudar só pela lei vai tornar as coisas mais difíceis nas questões problematizadas, em termos de interpretação. Portanto, combine as duas técnicas para ter uma visão completa do conteúdo que pode ser abordado na prova.

Texto: Profª. Franciele Letícia Kühl

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